Os novo reitor da Universidade de Coimbra está contra uma eventual subida do valor das propinas. Eleito na segunda-feira, Fernando Seabra Santos afirmou que «o aumento das propinas sempre serviu o Estado, mas não as necessidades económicas» do ensino superior.

Também o reeleito presidente da Associação Académica de Coimbra repudiou um aumento das propinas. Durante a tomada de posse dos novos órgãos dirigentes da academia, que teve lugar na quinta-feira, Vítor Hugo Salgado antecipou um «ano quente» em contestação à política do Governo para o ensino superior na «defesa intransigente» dos interesses dos estudantes.

«A AAC está disposta a ir para a rua contestar uma estratégia que não seja a melhor para o ensino superior», garantiu o dirigente, referindo a possibilidade de se realizarem novas formas de contestação dos estudantes, não só contra o aumento das propinas, mas também contra a redução dos apoios na acção social e a limitação da autonomia das universidades.

Nas palavras de Vítor Hugo Salgado, o Governo «agudizou medidas antigas» e mostrou que a educação não é uma preocupação central.